Quando determinados fatos e ideias ficam presos ou comprimidos na garganta e o sufoco do coração e da alma acabam sendo inevitáveis, utilizarei este espaço democratico a fim de tentar encontrar uma saída libertária e coerente. Uma dose de humor também é interessante...
quarta-feira, 17 de junho de 2009
O Espírito da Coisa -
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Funeral personalizado...
"O Espírito da Coisa" (apresentando Hilda Hilst)
Ontem, assisti a esse maravilhoso monólogo, cuja magnífica interpretação de Rosaly Papadopol nos permite viajar muito rápidamente no tempo de duração; quando menos percebemos, já estamos de pé, aplaudindo e ovacionando essa maravilhosa peça, cujo dramaturgo é meu querido amigo Gaspar Guimarães (cujo potencial dramaturgo me era desconhecido devido ao grau de sua modéstia).
Em aproximadamente setenta minutos, me ví frente a frente com a vida dessa incrível mulher libertária que foi Hilda Hilst (1930-2004), dona de um potencial literário que aborda e escancara as lutas de sua alma feminina numa época em que falso pudor e hipocrisia ainda representavam um casamento mais-que-perfeito numa sociedade falso-moralista e podre - sem pretender afirmar que hoje seja muito diferente, apesar das mudanças comportamentais!
Lá chegando, o espaço (Teatro Centro da Terra) nos permite adentrar um universo sonoro e visual cuja ambientação representa um delicado e refinado "antepasto" ao estupendo prato que nos será oferecido no palco...
Saí de lá com aquela vontade de "quero mais" , tanto que pretendo assistir novamente no próximo fim de semana, vale a pena, de coração! Abaixo, deixo um trecho do monólogo:
"A vida é crua. Faminta como o bico dos corvos. E pode ser tão generosa e mítica: arroio, lágrima, olho d'água, bebida. A vida é líquida."
Deixo aqui um abraço fraternal ao meu amigo Gaspar - que a energia divina lhe permita vencer novos desafios!
Sinceramente, Osmar