Quando determinados fatos e ideias ficam presos ou comprimidos na garganta e o sufoco do coração e da alma acabam sendo inevitáveis, utilizarei este espaço democratico a fim de tentar encontrar uma saída libertária e coerente. Uma dose de humor também é interessante...
sábado, 21 de agosto de 2010
Réquiem Aeternam Dona Eis
"Dai-lhes o repouso eterno".
É chegada a hora do último adeus. Uma derradeira caminhada para um destino do qual todos queremos fugir, mas ao qual estamos irremediávelmente condenados.
Em volta do caminho, monumentos de pedra e cimento nos dão alguma certeza inconsciente de que a jornada será segura.
Inevitável dor para os entes queridos que ficam, desagradável obrigação moral para os nem tão próximos.
Sensações que nos levam a baixar o olhar, como que procurando no chão um alívio milagroso para essa agonia velada.
Será realmente a morte o fim da vida? Será tão sombrio e triste o outro lado? Questões que incomodam e intrigam.
A coragem de erguer a cabeça e lançar um molhar mais observador e menos apaixonado sobre as peças revela beleza e vida, em contraponto ao silêncio eterno das almas em sua última morada.
(texto de Wilson Mahana)
Para quem aprecia arte tumular, vale a pena ir ver a exposição do fotógrafo J. Andrade na estação Clínicas do Metrô, com várias fotos em 'pb', ilustradas com magníficos versos do poeta Augusto dos Anjos (1884/1914). Eu ví, apreciei e amei, por isso tomei a liberdade de divulgar este trabalho em meu blog.
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