terça-feira, 16 de outubro de 2012

Só prá deixar registrado...

A sociedade organizada é uma coisa extremamente estranha e incoerente; seus tentáculos pró-forma acabam incorrendo num erro - por vezes imperdoável! É a tal história do "a primeira vez...", coisas que a gente escuta, sente, pensa e repensa, mas acabamos norteados para o estigma dessa tal primeira vez!



A pessoa, um cidadão qualquer, passa práticamente toda sua vida agindo, interagindo, comportando-se, muitas vezes mutilando-se, dentro de padrões que a própria sociedade considera como "normais". Em determinado momento, por motivos dos mais diversos e nomináveis possíveis, ela acaba transgredindo normas... - Ohhhh, meu Deus, o que foi que ela fez!? Como assim!? Juro que eu nunca imaginaria ela fazendo isso! - e por aí vão os vários tipos de comentários - por vezes, desumanos - de nós, humanos!



Isso é algo que tem me incomodado muito, conseguindo alterar em demasia meu estado de espírito e humor, principalmente quando começo a pensar no tipo de sociedade em que vivo e, pior, sou obrigado a conviver...



Coisas assim - os malditos estereótipos - comprovam, e muito, que as pessoas não são dadas a perdoar de coração, a virar os olhos e a bloquear a mente a fatos negativos do passado de alguém; infelizmente, esse alguém estará fadado a carregar esse fardo para o resto de sua vida, independentemente do grau de culpa que tenha atingido para com determinado gênero de erro! As pessoas adoram 'marcar' as outras como um gado marcado a ferro e fogo; adoram agrupar-se com as que julgam do mesmo naipe e comentar sobre os erros dos outros, esquecendo-se que também são suscetíveis a errar... Parece até que são possuídas por uma onda de sadismo - Ahhh, como é doce cutucar o outro com vara longa; como é deliciosa a vingança através das palavras...!



E por aí vai... Desde pequenos fatos corriqueiros no dia-a-dia até casos horríveis e complicados, como isso mexe com a língua ferina das pessoas! E aí vem os falso-moralistas com o papo de sempre. - antigamente, sim, antigamente não acontecia tudo o que a gente vê acontecendo por aí, uma sem-vergonhice, cadê o respeito!? E essas pessoas, que pelo jeito são do tipo que cresce, envelhece e morre se masturbando às escondidas no banheiro com o amparo de revistas pornográficas baratas, essas pessoas não levam em consideração que a população do planeta tem crescido assustadoramente - tanto o bem como o mal reinam em proporções maiores e tendem a aumentar naturalmente...



Aí, de repente, acabam condenando a personalidade e o caráter de um certo alguém qualquer pelo simples deslize que, numa fração de tempo, acaba desmantelando toda uma vida, todo um castelo. E às vezes o que se considerou um erro acabou sendo uma mera e falsa interpretação, pior ainda. Aí, sim, dá vontade de desconsiderar tudo o que se tem guardado por dentro e mandar o mundo às favas - já que é assim, agora vou fazer de própósito - o mundo que se dane!!! Essa é a vontade que eu sentiria frente a um despropósito assim... E não tenho vergonha de dizer isso! Trata-se de transparência, só isso! E minha intenção em deixar clara e aberta minha aversão e ojeriza para com essas coisas que fazem parte do cotidiano de nossa sociedade organizada... Baahhh, que nojo!!! Fui...







Osmar

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Quem tem medo da Morte?





Dias atrás, estava filosofando com minha esposa até altas horas da madrugada, como sempre. E entre caretas e exclamações, acabamos fechando um papo que me deixou mais pensativo ainda sobre a vida... 
Note bem, este meu estado pensativo pode ser chamado, também, de "botão vermelho", pois abre caminho - e rapidamente - para um outro estado de estar que me é peculiar, podendo ser até confundido com tristeza, melancolia, depressão, negativismo, enfim, uma verdadeira salada mista da personalidade.
Tem uma porrada de gente por ai que vive seu cotidiano de um jeito que até chega a dar inveja - pra esse tipo de pessoa, a vida é linda, tudo é belo, o ser humano é a essência da criação divina, o mundo caminha sempre para melhor, sim, e por ai afora... Ótimo!
Olhando a vida lá trás e tentando olhá-la bem lá na frente, percebi que viver neste mundo é por demais difícil e pesado, por vezes insustentável - muito embora a minha balança pessoal consiga pesar mais para o lado das coisas boas do que o contrário, graças ao cosmo.
Nascemos e crescemos num mundo onde nos são jogados falsos valores, um tititi de histórias com finais belos e felizes para, depois, em plena adolescência, sermos jogados meio que na porrada à porta do estranho mundo dos adultos, ou seja, de repente, sem mais nem menos, somos impelidos a adentrar um mundo bastante diferente daquele que sonhávamos (ao menos, quem já sonhou...).
De repente, um tempinho a mais, já somos cidadãos adultos e numerados pelo sistema que nunca mais vai esquecer de nós.
E como dizia, nascemos, crescemos e vivemos num mundo que em momento algum esconde que nossa única certeza na vida é a morte... alguém já parou pra pensar no peso que isso significa para a existência dos indivíduos? Não é pra qualquer um, não! Passar toda uma vida e concluir que na hora exata da transição de nosso mundo físico para o mundo espiritual (entenda, sou espiritualista, certo!?) nada daquilo que sonhamos, almejamos, lutamos por conseguir irá conosco... nada, a não ser o aprendizado!
E não é à toa que as pessoas acabam andando em círculos, procurando por caminhos que, ironicamente, acabam não convencendo, vão e voltam, sobem e descem, chutam o pau do barraco, consomem - consomem muito!!! - e nunca estão satisfeitas consigo mesmas e/ou com a vida que levam, nunca! 
E essa insatisfação (tristeza, melancolia, depressão, porraloquice...) acontece e se acentua exatamente naqueles momentos onde, em meio a todas essas andanças e corre-corres que a vida proporciona (ou seria uma tentativa de camuflar o insondável?), cai a ficha de que o caminho não tem volta, um verdadeiro ponto de interrogação constante ou, conforme escreveu Charles Bukowsky, um escritor que adoro e admiro, viver não é fácil e a certeza da morte é mera matemática, pois todos nós, cedo ou tarde, iremos morrer... o grande problema é a 'espera'.
Reclamar da vida leva a nada, realmente, mas ter os pés no chão e a cabeça voltada para questionamentos é muito importante. Eu penso que a maior parte das pessoas são intencionalmente levadas a se preocuparem apenas com futilidades, depositando suas esperanças nas mãos de um criador que nada tem a ver com isso tudo, seja de bom ou de ruim, e tenho certeza de que isso é uma trama planejada, pensada e, confesso, acabo tendo medo disso tudo que me cerca e fujo ou, ao menos, tento fugir.
Juro que tenho medo disso tudo que cresce ao meu redor, um monstro amorfo que se desenvolve de forma assustadora na proporção direta em que a mediocridade está crescendo neste mundo de Deus...
Por isso e por outras coisas mais, deixei de me achar diferente em meio a esse mar de alegria e felicidades que inunda as pessoas, pois sei que praticamente tudo é fachada, máscaras sobre máscaras que cedo ou tarde hão de cair. Como sempre digo, 'a vida é extremamente simples, o Criador assim o quis, mas, infelizmente, não deu certo; as pessoas, as sociedades dito organizadas é que a tornaram (mais) penosa, só isso!  





  • r

      

domingo, 1 de janeiro de 2012

Feliz 2012.




Bom dia (ou boa tarde, tanto faz, ainda é claro...), conseguiu acordar? Dor no corpo? Cabeça pesadaça? Hmmm, isso é sinal de ressaca! Mas ainda é domingo, e domingo pede o quê!? Cachimbo, lógico! Mas, não tem cachimbo, não! Então, que tal uns dois "engov" ou um cházinho básico de boldo? Ahhh, losna é melhor, né!? O tiro é mais certeiro! Sem apetite? Não consegue pensar em comida? É... amanhã é segundona cheia, né!? Não está de férias? Então, ferrou! Relaxe e goze (ou, ao menos, tente gozar)... banhão frio, roupa doméstica, isso mesmo, permita-se, vai ficar bem melhor... Pois é, amanhã é segundona, né!? O cheque especial vai estourar? Ligue, não, o gerente do banco sempre dá um jeitinho, ele é bonzinho, afinal, feliz 2012, não é mesmo!? Eita, tem mais ainda, tem o IPTU, o IPVA, o DPVAT, o cartão de crédito, a matrícula e o material da(s) criança(s) - quem manda não colocar o(s) filho(s) em escolas públicas, hein!? Quem mandou!? Ligue, não, volto a dizer, práticamente o mundo todo está assim, desse jeitinho, não é só você, não! (suspiro) Se não der pra pagar tudo isso à vista, o negócio é parcelar, e não esqueça nunca, o gerente do banco é bonzinho, vai até te oferecer um cafézinho por conta do banco. Por isso, amanhã, não esqueça de ligar pra ele e desejar um 2012 du kct! É, do cacete mesmo, assim a coisa engrossa de vez, vai ficar tudo mais comprimido e ajeitado... Ah, desculpe, é a dor de cabeça, né!? Tome uma "dipirona", vai ajudar ainda mais... isso, pronto, com água e pronto! Curta o dia, ainda é domingão, dá pra assistir o Faustão na televisão, tudo rimandão! É, ele, como uma porrada de gente, também é um cara muito legal, vai te desejar um baita 2012 daquele, vai ver só - e você vai se achar importante! "Porra, meu, o Faustão me cumprimentou pela TV, que coisa!" E depois tem o "restaux d'onthé" básico, de leve, só na base da coca ou, melhor, com uma toniquinha. Viu só, o muindo não é de tudo ruim, não! Dá-se um jeitinho pra tudo, concorda? Isso mesmo, em tudo se dá um "jeitinho", tudo... menos na morte, isso não tem jeito mesmo! Depois!? Ah, depois é ir pro quarto de mansinho, com cara de desavisado e... relaxar... esperar o soninho chegar e... PIMBA!... despertador gralhando nos ouvidos às seis da matina e... pronto!... FELIZ 2012! E não esqueça de que "hoje, é um novo dia, de um novo tempo que começou neste nosso dia, e as alegrias..." (continue cantando) e... pronto! Com essa musiquinha de ninar na cabeça, ele (o soninho) vai chegar manso, mansinho e... grrooonnnnccccc!!!!!!

FELIZ ANO NOVO PRA TODOS, AFINAL, A GENTE MERECE!!!!!!!