Juro que fiquei muito curioso com esse documentário sobre a música popular brasileira e, também, muito frustrado com o seu conteúdo. Lógico que Chico Buarque foi o salvador da pátria - grande Chico! Ahhh, Maria Bethânia deu um banho de luz numa declamação maravilhosa; concederam uma pontinha prá Gil; Martinho da Vila deu seu recado muito bem com uma pequena história do samba; nosso grande Lenine (grandíssimo!!!) abriu-se num leque maravilhoso de som, voz e humildade; focaram um tantinho sobre a Bossa Nova; abriram um lequezinho para os repentistas nordestinos, mas... e o resto!? Adriana Calcanhoto deu inicio à película e, também, terminou-a, oferecendo-nos alguns pareceres que, diga-se de passagem, perderam-se em conteúdo e alma prá contagiar os espectadores. Não que eu tenha algo contra ela, ao contrário, mas com o montão de dinossauros que ainda estão por aí, "vivinhos da silva", o filme bem que merecia uma troupe mais adequada, laureada pela sua própria história e pelo peso da responsabilidade para com uma proposta assim... Aliás, um trabalho que exigiria no mínimo de três horas a quatro horas de 'time', mas, cá prá nós, acho que aconteceu de novo (e isso não é novidade alguma!): a verba deve ter acabado, fazer o quê!!! Então não fizessem desse jeito, porra, esperassem um pouco mais, saíssem por aí à cata de mais 'pataco' e de mais patrocinadoresl! Então, acaba acontecendo isso, e aí vem um 'people' dizer que filme brasileiro é uma merda e coisa e tal, o que é uma grande mentira - diga-se de passagem, temos de louvar a grande safra que nos vem chegando de bons anos prá cá! Mas, poxa, façam a coisa certa, pois o que assistí foi algo que deixou muito a desejar no que se refere a uma proposta cinematográfica para com a música brasileira num todo, vista de cima, livre e solta, sem engajamentos e sectarismos...
Nada tenho contra o Rap, mas o que ficou patente é que o filme pareceu pretender fazer a cabeça das pessoas em demonstrar que esse gênero musical tem força, coerência, conteúdo e coisa e tal, como se pretendessem justificá-lo a qualquer custo, dedicando um tempo enorme (até demais) falando sobre o movimento e entrevistando rapeiros conhecidos, só isso!
Desculpem-me pela sinceridade, mas amo a música popular brasileira, e escrevo movido pela brasilidade que há em mim. Fui!!!
Nada tenho contra o Rap, mas o que ficou patente é que o filme pareceu pretender fazer a cabeça das pessoas em demonstrar que esse gênero musical tem força, coerência, conteúdo e coisa e tal, como se pretendessem justificá-lo a qualquer custo, dedicando um tempo enorme (até demais) falando sobre o movimento e entrevistando rapeiros conhecidos, só isso!
Desculpem-me pela sinceridade, mas amo a música popular brasileira, e escrevo movido pela brasilidade que há em mim. Fui!!!
Adorei a crítica!
ResponderExcluirVocê conseguiu expressar exatamente o que sentí e pensei ao sair do cinema. Frustrção, misto de tristeza e raiva.
Parabéns pela lucidez de suas palavras.
Beijo
Carmo