sexta-feira, 13 de março de 2009

Rascunho


O que escrevo, nasce das entranhas...
são verdades tão minhas
como uma paixão avassaladora
que precisa ser exposta,
expressa, expulsa.
E é tão necessário
que exige que eu busque,
avidamente, por um lápis
e papel e, assim,
derramando cada palavra,
possa lavar minha alma
e fazer vibrar meu coração.

Não escrevo poque devo,
mas porque preciso;
como preciso de ar e água
como desejo amar inteira,
com fome e ardendo em febre
e o beijo é o remédio,
se não o beijo, a palavra
que, desaguando em versos,
culmina num suspiro.

Carmo Tavares

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