quarta-feira, 22 de abril de 2009

Dia do planeta Terra...


Para quem ainda não sabe, hoje é o Dia da Terra - nosso planeta, nossa Mãe que gentilmente nos acolhe em seus braços e nos envolve com sua aura...


Acabei de ler uma frase tipo "homenageie o planeta Terra, tratando-o com amor..."


Gente, quanta hipocrisia! E, pior ainda, até quando isso vai durar!? Séculos e séculos de maus tratos, explorações em cima de explorações indevidas e crueis, feitas para manter a "roda do progresso da civilização", e chegar num momento como o que estamos atravessando, com toda a biosfera agindo e reagindo em defesa do que ainda dá para tentar salvar e nós, humanos, representantes de uma espécie que é um misto de estafermos e robôs, teatralizando o que não dá mais para teatralizar... aí vem aquela frasesinha ridícula de sempre "poxa, se continuar assim, dentro de pouco tempo estamos fudidos!!!"


E apesar de tudo, as coisas continuam como sempre; o sistema econômico que move o planeta continua se alimentando de dessa estrutura arregimentada na exploração em prol do consumo em massa e dos lucros imorais; o que os índices pretendem demonstrar são esses lucros que as grandes indústrias, mega-empresas, o comércio pretendem, só isso! E a pergunta continua incisiva e lancinante: até quando!?


Quando será que chegará a hora exata de apertarem o "botão vermelho" - que será responsável por mudanças drásticas e pesadas - e decidirem reestruturar toda a economia que move o planeta? Quando será que distintas cúpulas internacionais - aquelas famosas e chiques que normalmente decidem o que interessa somente a poucos - promoverão uma revisão seríssima e coerente quanto ao fator trabalho/lucro? Quando as chamadas sociedades organizadas (que de organizadas nada têm!) farão uma honesta e necessária revisão do que realmente é importante para este nosso momento onde, certamente, uma infinidade de elementos acreditados como importantes passarão a ocupar o ról dos comuns. Esses novos valores surgidos irão justificar o desmoronamento de salários altíssimos (prá não dizer milionários), e essa nova elite "empobrecida" irá desfilar nas passarelas do inconformismo - imaginem só, um jogador de futebol, um político ou um(a) manequim terem de reformular suas aptidões e passarem para o time dos remediados... E os banqueiros que, pobrezinhos,deixarão de publicar os balanços anuais com os lucros mais-que-absurdos nas folhas de importantes jornais que, ao seu modo, não se cansam de publicar notícias hipócritas sobre a agonia de nossa amada Mãe-Terra! Em meio a isso tudo, como ficarão os pobres frente aos ricos remediados e vice-e-versa? Com tantas mudanças, a mistura dessas duas classes representativas será inevitável e, acreditem, as gerações futuras não conhecerão sérios deslizes traumatizantes das diferenças de classes sociais, já pensaram nisso? Estudantes adolescentes travarão conhecimento do significado de "riqueza" e "pobreza" somente através de estudos e pesquisas, que coisa! E exclamarão "meu Deus, as pessoas já foram assim!!!", boquiabertos. Novas formas de produção serão desenvolvidas, formas essas que permitirão um trabalho realizado com amor e dedicação que transcenderá interesses excusos que culminam sempre numa obrigação diária à custa de um salário alto e competitivo ou, então, mal pago! Quanto será que vale um ser humano? Quanto vale nossa alienação e permissividade frente a tudo isso?


Sempre que escuto alguém afirmar que somos semelhança à imagem de Deus, fico pasmo, pois, para mim, Ele acabou perdendo total controle de Sua criação e, a partir daí, deixou que as coisas fossem acontecendo numa sucessão tal onde o Bem justifica o Mal e vice-e-versa - é muita prepotência dos humanos querer colocar-se no primeiro lugar do pódium da evolução, como se fôssemos o suprassumo da obra divina!


E enquanto essa utopia (utopia!?!?!?) não acontece - ainda vai demorar alguns anos -, vou ficando por aqui com o coração aliviado pela esperança desse meu sonho.


Pensando bem, ouso dizer sonho com relação ao presente que ainda é abstrato e não tem conteúdo; mas num futuro não distante isso será uma realidade se o processo de mudanças for conduzido por "cabeças pensantes" que coloquem o interesse pessoal, o egoismo, o orgulho e a inveja de lado para, em nome do todo, abrirem os canais corretos para que isso venha a se tornar uma realidade!


"ORA PRO NOBIS"...




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